Concursos de Ideias
Do plano traçado pela Comissão Nacional de Eleições no tocante ao esclarecimento cívico e eleitoral e de apelo ao voto, consta a realização de ações sectoriais dirigidas a determinados públicos-alvo, com especial destaque para a camada jovem.
De entre tais ações há que dar relevo aos Concursos destinados a jovens, cujos temas se subordinavam à eleição que no momento ia realizar-se e que compreendiam trabalhos nas áreas de Desenho, Texto e Slogan.
Assim aconteceu por ocasião das eleições autárquicas de 1993. Nessa altura e com o objetivo de sensibilizar os jovens para a vida cívica e política do País, a Comissão Nacional de Eleições e o Conselho Nacional da Juventude congregaram esforços e levaram a efeito um "concurso de ideias", para o qual se pretendeu motivar os jovens com idade não superior a 25 anos, estudantes dos ensinos secundário e superior ou equiparados, que tinha como finalidade a sua colaboração na campanha de esclarecimento institucional das eleições autárquicas, através da livre criação de um "slogan", um texto escrito, ou um cartaz.
A qualidade dos trabalhos apresentados fez com que o texto e slogan vencedores fossem adaptados para os spots televisivos e radiofónicos da campanha institucional levada a efeito pela Comissão, tendo, inclusive, o desenho premiado servido de cartaz da CNE nas referidas eleições.
O êxito da iniciativa levou a CNE a abrir novo concurso aquando das eleições legislativas de 1995, desta feita sob o lema "Vote como quiser... mas vote! ", tendo sido recebidos 476 trabalhos oriundos dos mais diversos pontos do país e que pelo interesse de que se revestiam foram objeto de exposição pública.
Muitos desses trabalhos encontram-se atualmente reproduzidos no catálogo bíblio-iconográfico comemorativo do 30º aniversário da Revolução do 25 de Abril, dando-se, assim, a conhecer alguns momentos de criatividade e inspiração dos nossos jovens que responderam com sinal mais ao apelo feito de participação cívica na sociedade democrática.
Seguindo a mesma filosofia, a Comissão abriu em 1996, por altura dos atos eleitorais das Assembleias Legislativas Regionais dos Açores e da Madeira, novo concurso para jovens.
Subordinado ao tema "A minha Região vai votar", pretendia-se, através dele, alertar os mais jovens, na faixa etária dos 7 aos 15 anos, para as realidades eleitorais portuguesas, no caso as das Regiões Autónomas, despertando-lhes a consciência para os valores cívico-políticos, mediante o envolvimento numa ação, a um tempo educativa e lúdica, mediante a elaboração de um cartaz e de um slogan que podiam ser adotados pela Comissão quando da campanha institucional, por ocasião daqueles atos eleitorais.
O concurso previa, ainda, a atribuição de prémios aliciantes para os autores dos trabalhos classificados nos três primeiros lugares (um microcomputador 486DX2 66 Mhz - c/ disco rígido de 420 MB, CD-ROM quad, placa áudio e enciclopédia era o primeiro prémio, sendo o segundo uma consola de jogos de vídeo e o terceiro uma bicicleta BTT), relativamente a cada Região e, adotava uma forma inédita, ao atribuir igualmente um prémio (retroprojetor de slides) à própria Escola que os vencedores frequentassem.
Embora embebido da mesma filosofia e tendo em vista idêntica finalidade - aumentar o grau de participação política - a Comissão Nacional de Eleições levou a efeito, em 1998, novo concurso, aberto a autores de expressão portuguesa, publicados ou não, sob o tema genérico "Eleições", na forma de ficção literária ou na de investigação.
No âmbito desse concurso, denominado "Prémio CNE", o júri então constituído decidiu não atribuir o primeiro prémio, distribuindo os restantes do seguinte modo:
2º prémio: "Quem corre por gosto não quê?" de Joaquim Jorge da Silva Carvalho (Ribeira de Pena)
3º prémio "A esquina do tempo" de Miguel Luís da Fonseca (Funchal)